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Bate-papo com Anna Leitte

É com entusiasmo que trazemos aos nossos leitores uma entrevista exclusiva com Anna Leitte, uma atriz talentosa que tem conquistado seu espaço no cenário artístico com sua versatilidade e dedicação. 

Anna Leitte possui um currículo diversificado, tendo atuado como atriz no conhecido “Telegrama Legal” do programa “Domingo Legal” do SBT, além de participações em diversas peças teatrais. Seu talento e carisma também a levaram a atuar em vídeos internos para empresas, bem como em quadros de programas na Rede Record.

Anna destaca-se pelos seus trabalhos recentes na série “Irmãos Freitas”, onde interpretou o papel de Núbia. Além disso, seu talento também brilhou em campanhas publicitárias, como a das antenas parabólicas Century e catálogo interno do Atacadão, e sua presença cativante pôde ser vista em comerciais dos desinfetantes Búfalo.

Nesta entrevista, teremos o privilégio de conhecer mais sobre a trajetória de Anna Leitte, suas experiências nos bastidores e nos palcos, e como ela se prepara para dar vida a personagens memoráveis em cada projeto que abraça. Além disso, ela compartilhará suas inspirações e desafios ao longo da carreira, bem como suas perspectivas para o futuro.

Não perca a oportunidade de conhecer de perto a carreira e o talento dessa brilhante atriz da EVC Talentos.

O que gosta de fazer quando não está atuando ?

Nas horas que minha criatividade está aguçada eu gosto de escrever  histórias, também amo a dança mesmo sem nunca poder ter me dedicado a fazer. Gosto de ler tudo aquilo que me atiça a curiosidade.

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

A minha história na arte começou ainda criança por volta dos 12 anos, tudo que acontecia na minha vida eu dramatizava, ia para um canto e ficava feliz ou triste imaginando aquela música de fundo como numa novela mesmo. O tempo passou e eu ainda sonhava com a arte mas não sabia se tinha talento pois nunca me foi dada uma chance e também minha família por ser muito pobre nunca nunca teve condições de pagar um curso para mim. Então, foi quando resolvi vir para São Paulo e buscar o mundo que sempre sonhei aqui. Fiz amizades, contatos e logo em seguida participei de projetos teatrais, mas percebi que meu amor era pelo cinema e então fui buscar algo que me desse a primeira  experiência  de cinema, conheci um produtor independente de filmes e fiz meu primeiro papel no cinema como uma traficante chamada Sandra, essa experiência foi boa porque me vi na tela pela primeira vez e dali em diante comecei a observar com olhar crítico o que não estava bom para me melhorar. Eu sozinha comecei a me aprimorar cada vez mais como atriz, até cair nos cursos que fiz de interpretação no teatro e no cinema. Ganhei uma bagagem melhor de experiência e fiz três peças de formação. Até chegar ao trabalho desafiador de interpretar Maria, mãe de Jesus, porque na mesma época eu estava acabando de fazer uma delegada em um projeto interno e fazer a Maria era diferente de tudo que eu era ou já tinha feito. 

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Para viver esse universo  eu larguei minha família, a minha avó que era a pessoa que eu mais amava nesse mundo, passei a ver ela com menos frequência falando apenas por telefone, passei muito perrengue na questão financeira sempre sendo obrigada a largar um pouco a arte para conseguir pagar as contas. São escolhas difíceis e ao mesmo tempo que me davam uma certa insegurança. Eu perdi minha avó um pouco antes da pandemia e para mim foi um golpe e uma dor insuportável pois eu larguei ela em busca de um sonho, via ela de dois em dois anos ou até mais, e sempre me perguntei será que valeu a pena ter me ausentado tanto de quem eu amava para buscar um sonho? Essa resposta talvez eu nunca tenha, talvez com o tempo.

 Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Confesso que quando chega um projeto até a mim, eu leio bastante pra entender primeiro o universo do personagem, então muitas vezes sem muita informação eu crio uma história da infância do personagem em minha mente para entender porque ele chegou a se tornar assim. Fazer a desconstrução de nós mesmo não é fácil, então sempre gosto de receber algo um bom tempo antes para que eu possa ir me preparando, inclusive, com um preparador se for muito difícil, nunca precisei mas como nunca fazemos nada sozinhos eu sempre penso nessa possibilidade caso eu tenha alguma dificuldade.

 Considera importante que o artista se recicle?  

Sim, considero. Principalmente quando o artista está algum tempo sem atuar, então acho importante essa preparação para um novo projeto. O impossível não existe é apenas o desafio.

 Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Eu enxergo como um orgulho, porque venci, barreiras, batalhas e dificuldades para fazer algo que sempre esteve dentro de mim e no meu coração. 

Como foi o desafio de viver Núbia, na série Irmãos Freitas, dirigida por Sérgio Machado? 

Foi um desafio e tanto, porque nunca tinha feito  uma exposição tão grande com tanta gente em volta. Confesso que deu um medinho e me assustei quando vi mais de 50 figurantes em volta assistindo aquela cena onde eu estava semi nua me exibindo.. simplesmente fechei os olhos e mandei a Ana ir embora, e trouxe a Bruna Surfistinha para o momento. 

Como foi participar do espetáculo Vila de Natal, interpretando Maria?

Foi a total desconstrução de todos personagens brutos que eu já tinha feito, até da minha própria personalidade forte para viver alguém tão delicada e tão sensível. 

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

Eu acho o teatro válido, mas confesso que os ensaios às vezes se tornam exaustivos. Já tive momentos que fisicamente não aguentei a carga de ensaios. Mas percebo que muito mais que a TV e o teatro eu amo o cinema.  O que amo fazer na TV é a publicidade, mas atuar mesmo de verdade é no cinema. Em relação a conciliar, a gente sempre tenta ajustar.

Já te acharam parecida com alguma artista, artista ou celebridade?

Eu sou uma camaleoa, estou sempre mudando, e com tantas mudanças já me acharam parecida com a Juliana Paes, Mayana Neiva, Dira Paes, a famosa Cabocla, Tereza Collor e até Cleo Pires em algumas fases  da minha vida. 

Que personagem gostaria de interpretar?  

São tantos… mas gostaria de fazer personagens clássicos como “Tieta do Agreste” de Jorge Amado, Maria do Carmo de “Rainha da Sucata”, Roberta Close, uma história biográfica. Gostaria muito de fazer um personagem do “Ó Paí, Ó” pois tem tudo haver com minhas origens e de onde eu venho. Gostaria de fazer uma vilã como Isabela de “A Próxima Vítima”.

 Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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