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Bate-papo com Bruna Levi

É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com Bruna Levi, uma talentosa atriz da agência de atores Emplacar Você, no nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências e desafios.

Conte um pouco da Bruna. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Ter um tempo comigo mesma e um cafezinho é tudo! Amo ir à cafeterias, para além de provar diferentes tipos de café – que aliás, é a minha bebida favorita – escrever pensamentos, organizar ideias e reflexões no papel, isso me alivia, me acalma. observar as pessoas no ambiente, pedir uma coisinha pra beliscar, haha. Eu definitivamente, amo isso! Vez ou outra, chamo uma amiga e lá se vão horas a fio de conversa boa… Outra coisa que adoro é passar o dia em alguma área verde e bonita, caminhando e tomando sol. Parques, jardins, trilhas… Pode me chamar! Se pintar um violão pra gente cantar, uma peça pra gente ler, eu tenho uns jogos de improviso e estamos bem! 

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Eu tinha 19 anos quando comecei meu primeiro curso de teatro. Foi um curso de teatro musical em Brasília, minha cidade. Eu passei dois anos lá e me apaixonei perdidamente… Mas a minha história com o teatro começou bem antes… Me lembro de quando tinha 6 anos, na pré-escola, chamei a minha professora e disse que eu era a melhor aluna da escola para interpretar a Branca de Neve na peça que minha turma seria ensaiada para apresentar em algum desses eventos escolares. Disse que cortaria meu cabelo e pintaria de preto, que estava absolutamente pronta para essa transformação. Ela riu. E eu fui a Branca de Neve. E eu ensaiei a mordida na maça e a queda ao chão (no meu caso, queda ao colchão), tantas vezes… Estou certa de que essa foi a minha verdadeira estréia!

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Decidi encarar a arte como profissão logo que terminei minha graduação, que foi em Comunicação Social. Antes disso, eu encarava a arte como um hobby ao qual eu me dedicava bastante. Mas eu não levava fé de que poderia realmente viver da arte, porque tinha consciência da dificuldade de ser artista no Brasil. Mas terminando a faculdade, me surpreendi com circunstâncias difíceis, porém muito convidativas pra que eu me arriscasse nisso! O apoio da minha mãe e amigos, na época, foi crucial! Logo, eu ganhei uma bolsa para estudar em uma renomada escola de teatro musical no Rio, e a partir daí, me mudei e como se diz, dei início aos trabalhos! Literalmente!

 Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Hoje em dia se fala muito sobre “viver os processos” da vida, como sendo algo bastante desafiador. O que de fato é. A vida é feita de estações, é um constante planejar e viver inúmeros imprevistos e, diante de cada um deles, ter de recalcular a rota. Retomar o foco e prosseguir. Essa é a vida. É desafio atrás de desafio. Pra mim, encarar um novo projeto é isso também! É desafiador, dá medo, eu não sei o que vem depois. Mas a curiosidade para descobrir, a fé de que a descoberta vai valer a pena é o que me guia. Porque descobrir o personagem em mim é também me descobrir. Essa é a potencial virtude do ator. Nesse processo de preparo, mergulho, construção do personagem, a gente acaba se investigando e se conhecendo mais. 

Considera importante que o artista se recicle?  

Muito importante! Geralmente, o profissional que se destaca é justamente aquele que investe tempo e energia para estar constantemente se renovando, estudando, se inteirando, se dispondo a pesquisar, se expandir, conhecer o que se tem a nível de cohecimento técnico, humano, exato, biológico, etc. O artista que se diferencia, ao meu ver, é um profissional curioso e dedicado!

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

“Estou fazendo o que posso, Senhora”. É isso o que eu tenho dito a mim mesma, com alguma frequência e com algum senso de humor, hahah Eu gostaria de dizer que estou muito satisfeita com a velocidade da minha evolução, o que não seria verdade. Eu ainda me cobro demais pra dizer algo desse tipo. Mas posso dizer que com certeza eu estou progredindo! E olha só eu sorrindo agora, reconhecendo meus esforços! 

Você participou dos longas “Bootcamp – a disputa” (Dir. Moysés Faria) e “Quarto ao Lado” (Prod. John Filmes). Como foi essa experiência?

Foi desafiador, mas primordial pra aprender muito sobre a realidade sobre produzir um longa-metragem. O que levei de melhor dessas produções foi experimentar os bastidores de forma tão intensa, enquanto Diretora e Preparadora de elenco e Assistente de direção. Assumir essas funções me fez ter um outro ponto de vista sobre o trabalho do ator. Entendi o quão complexa é a produção audiovisual, essa engrenagem que faz toda a “mágica” acontecer. Por isso, sou muito grata a ambas as experiências!

Ultimamente, tem se aprofundado no treinamento do Método de interpretação que une técnicas de tradicionais escolas norte-americanas. Conta pra gente como tem sido esse desafio?

Estudar atuação segundo o “Método” tem sido um exercício contínuo de investigação e descobertas. Justamente, porque as técnicas propostas me aproximam de um estado vulnerável, disponível que me permite fluir no processo de experimentação e descoberta. Isso contribui para a construção de personagens e trabalho em cena. É certo que ficar a vontade diante da câmera, no set, de filmagens, ou diante a plateia, com luzes e olhos apontados para você é um desafio até para alguns atores experientes. Esse estado de tranquilidade é possível quando se está muito conectado, ainda que haja tantas circunstâncias desfavoráveis… Percebo que os exercícios propostos pelo Método me ajudam nesse estado de conexão com verdade, autenticidade, frescor, espontaneidade em cena. 

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida?

Não tenho uma linguagem favorita dentre as três. Honestamente, cada uma carrega as delícias e também alguns desprazeres particulares. Os três lugares são pra mim, especialmente cativantes e desejáveis!

Já te acharam parecida com alguma atriz, artista ou celebridade?

Olha, já me disseram algumas vezes que tenho traços parecidos com Paolla Oliveira. Não preciso nem dizer que fiquei me achando, né?! Hahaha

Que personagem gostaria de interpretar?

Sinceramente, eu nunca aspirei interpretar um personagem específico, mas pensando nisso agora, simpatizo com personagens injustiçados que enfrentam a vida e resistem às dificuldades de forma honrosa. Pensou em algum aí? Quem sabe este!

Projetos futuros?

Vem curta-metragem aí! E otras coisitas más…

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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