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Bate-papo com Danilo Neiva

É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com o ator Danilo Neiva, um talentoso artista da agência de atores Emplacar Você, em nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ele compartilha suas experiências e desafios.

Conte um pouco do Danilo. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Aprecio muito sair com os amigos para ir ao cinema (valorizo muito o costume de ver um filme no cinema), ou ao teatro e depois um bar até altas horas. Sou um apreciador de música e um apaixonado por literatura e quadrinhos. Sozinho em casa ou estarei lendo ou assistindo um filme ou série. Sou escritor há algum tempo, já tive peças que escrevi encenadas e ano passado eu publiquei meu primeiro livro, Cão Preto, pela Caravana Grupo Editorial e esse ano virá mais um de poesias pela mesma editora.

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Quando eu tinha 14 anos em Londrina, minha mãe me colocou na oficina de teatro na escola porque me achava muito fechado e quieto. Dessa oficina eu passei para o curso da escola municipal de teatro da cidade e então para o curso de artes cênicas da faculdade. Hoje, olhando em retrospecto, lembro que desde criança eu tinha o costume de ler muito e ver muitos filmes, e com isso eu criava histórias no meu quarto sozinho, acho que essas brincadeiras de contar histórias me levou a desenvolver meu lado artístico na oralidade até eu me tornar ator.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Tudo, existe uma diferença entre você gostar de fazer teatro e escolher levar aquilo como um modo de vida. Existe algo parecido em você amar teatro e se amar no teatro. É abrir mão de uma vida estável, de amores estáveis, de poder falar com as pessoas com empregos fixos e salários e ter uma certa equidade no modo de vida. Tudo muda quando você escolhe a informalidade da arte. Já tive namoradas que me falaram que não conseguiriam continuar se relacionando com um ator sem emprego fixo, e fora todas as cobranças da família que só aumentam com o passar dos anos e a idade chegando.

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Eu encaro tudo como novos ciclos e novas jornadas que se iniciam, eu vou sonhando com todas as possibilidades, caminhos e oportunidades que isso trará.

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

A evolução veio da forma que fui mudando e expandindo minha forma de entender e enxergar a atuação e a arte no geral, por exemplo, quando eu tinha 17 anos não conseguia conceber um espetáculo que usasse texto e agora estou aqui sem fazer um espetáculo com texto já fazem cinco anos. Eu fui entendendo como as capacidades expressivas estão muito além da palavra e nem sempre a mensagem precisa ser feita de uma forma aristotélica, mas passando emoções ao espectador de formas diferentes e possibilidades diversas.

Com o seu solo de palhaço “Paixonetices de um Galalau” você se apresentou em 14 assentamentos rurais do norte do Paraná. Como foi essa experiência?

Foi um ponto de maturidade na minha carreira muito importante. Além de apresentar eu também era responsável por levantar às cinco da manhã, pegar o carro na universidade, buscar a equipe e dirigir por algumas horas até o assentamento em questão, isso jogou uma responsabilidade em mim que foi um turning-point em como enxergar a dedicação para além das horas de ensaio e apresentação. Para além disso, tiveram as pessoas do campo que conheci e troquei boas horas de conversa além da apresentação e falando nesta, como a troca é muito importante ainda mais quando você leva uma apresentação por mais simples que seja para comunidades que muitas nunca receberam nada para assistirem, eu ouvi de uma das crianças da escola rural do assentamento “Eli Vive” que aquele dia foi o melhor dia da sua vida. Não tem como você sair sem ser tocado por isso.

Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?

Sim, o Paulo Ricardo do RPM quando ele era jovem.

Que personagem gostaria de interpretar?

Hamlet de Shakespeare, Jasão de Gota D´Água do Paulo Pontes e do Chico Buarque, Patrício de Todas Nudez será castigada de Nelson Rodrigues, Amado Ribeiro do Beijo no Asfalto também do Nelson.

Projetos futuros?

Eu com meu grupo Ítalo Banda, estamos montando um espetáculo infantil, uma adaptação escrita por mim de “As Aventuras de Simbá”, meu parceiro de grupo Marco Paixão não está em cena comigo, no lugar, estou fazendo com um ator que conheci aqui do Rio, Daniel Mello e com direção do premiado Gabriel Mendes. Estrearemos em formato de esquete no FestEArte de Santa Teresa junto de uma versão pocket de “Paixonetices de um Galalau” e o meu solo que fiz na faculdade em 2014, “4 da Tarde” que irei revisitar para esse festival.
Ano que vem estarei em uma montagem de “Toda Nudez Será Castigada” de Nelson Rodrigues dirigida por Márcio Trigo, na montagem eu farei o papel do Serginho, filho do protagonista.

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

 

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