Blog

Bate-papo com Douglas Vergueiro

Nesta edição do nosso blog, temos a honra de conversar com Douglas Vergueiro, um talentoso ator que vem conquistando os holofotes no cenário cinematográfico e televisivo brasileiro. Indicado na categoria de MELHOR ATOR no prestigioso festival Brazil New Visions Film Fest 2023, com o filme “Teste de Elenco”, Douglas tem se destacado por sua versatilidade e dedicação à arte da interpretação.

Com uma trajetória marcada por interpretações memoráveis, Douglas Vergueiro já mostrou ao público sua capacidade de se transformar em diferentes personagens. Entre suas conquistas notáveis, destaca-se sua atuação como Zeca Pagodinho no musical biográfico da renomada Beth Carvalho, e posteriormente, sua participação no elenco do musical biográfico do próprio Zeca, o que comprova seu talento e reconhecimento dentro da indústria do entretenimento.

Além do sucesso nos palcos, Douglas também tem marcado presença na televisão, com participações em produções televisivas de destaque, tais como as séries “REIS”, “GÊNESIS”, “APOCALIPSE” e “TOPISSIMA”. Seu talento empresta vida a personagens cativantes, ganhando o reconhecimento do público e da crítica.

Recentemente, o ator deu mais um passo na sua carreira, lançando-se como roteirista e produtor. Com sua própria produtora, ele roteirizou, produziu e protagonizou o filme “Teste de Elenco”, que tem ganhado elogios e já está percorrendo o circuito de festivais, tanto no Brasil quanto no exterior. Mas as ambições de Douglas não param por aí: ele já está em pré-produção do seu segundo roteiro, intitulado “A PIPA QUANDO CAI”, o que demonstra sua paixão e dedicação em contar histórias impactantes por trás e à frente das câmeras.

Além disso, Douglas se revela um artista completo ao se aventurar no universo documental. Ele mergulhou de cabeça no registro da vida de catadores de latinha durante alguns meses para a produção do documentário “OS NOVOS MISERÁVEIS”, uma obra que promete abrir os olhos do público para uma realidade muitas vezes invisível.

Nesta entrevista exclusiva, vamos conhecer mais sobre a inspiradora jornada de Douglas Vergueiro, suas experiências como ator, produtor e documentarista, e suas perspectivas para o futuro no mundo do entretenimento.

Fique atento ao nosso blog e não perca essa oportunidade de conhecer mais sobre esse talento brasileiro da EVC Talentos.

Conte um pouco do Douglas e o que gosta de fazer quando não está atuando?

Fui adotado com 8 meses e sobrevivi à uma tentativa de aborto, meu início de história é impactante e eu sei que nasci com um propósito. Sempre dou um jeito de tornar produtivo coisas que aos olhos cotidianos parecem banais. Gosto de ler, tocar violão, compor músicas clássicas cinematográficas no piano. Pratico slackline, ando de longboard , faço meditação e musculação. Ando sempre com meu caderno pra escrever minhas ideias de histórias.

 Como aconteceu o teatro na sua vida ? Como e quando começa sua história com a arte?

Meu ator nasceu da necessidade de interpretar os próprios textos que eu escrevia na escola. Interpretava na frente da turma. Cresci sabendo que faria isso. Iniciei minha carreira na cara e a coragem mandando meu material pra um teste de um musical grande que fui despretensiosamente fazer sem imaginar que era exatamente o meu perfil que queriam. Mas eu já profetizava isso desde pequeno; com 5 anos escrevi uma biografia que contava um pouco sobre meu início de vida (que minha mãe adotiva nunca escondeu e sempre me foi motivo de orgulho), e nessa autobiografia eu dizia que quando eu crescesse gostaria de ser ator e escritor. Irônico, não?

 O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Muito natural pra mim. Nenhum peso, nenhum lamento. Sempre tive o apoio da minha mãe. Eu tinha uma banda quando adolescente, mas a música e os shows lotados com a galera do bairro não estavam sendo suficientes pra me expressar artisticamente. Ali eu tocava guitarra, era vocalista e tocava piano mas sentia faltar algo. Este algo era deixar de ser eu mesmo para ser outros…

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Resposta – Toda vez que recebo uma personagem, enxergo nela uma parte de mim. Essa ligação nos conecta, mas não é o que motiva. Pra mim, viver outras pessoas é uma oportunidade de deixar de ser eu e reiterar o que considero como o sentido da vida: encontrar sentidos nas coisas. Gosto de estudar cada fala, respiro, silêncio e objetivos conscientes e inconscientes dentro do contexto narrativo. Admiro a verdade cênica e me entrego.

Considera importante que o artista se recicle? 

Eu sempre quero mais. Cada fase da vida é um aprendizado, o mesmo vale para cada trabalho. Se reciclar é uma constante importante, desde que você nunca deixe de ser você mesmo.

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Os nãos sempre foram importantes, embora no início de tudo eu me sentisse um incompreendido pisciano jogado no mundo de lamúrias e dramatização. Hoje eu vejo que não tenho medo de ser eu mesmo, nem de levar não, porque a engrenagem artística é um jogo de relações humanas. E de humano pra humano, você tem que simplesmente fazer o que sabe, mostrar a sua força, e designar o seu sonho aceitando que ele não vai acontecer, pois ele JÁ ESTÁ ACONTECENDO.

  Como foi o desafio de participar do musical do Zeca Pagodinho que ganhou o prêmio de melhor espetáculo ?

O musical do Zeca foi uma escola. Tive a oportunidade de estar junto de peixe grande do Teatro Musical Brasileiro e do próprio Zeca e alguns artistas que permeiam seu ciclo. Ali eu pude libertar toda minha loucura contida interpretando um bêbado que xingava o Zeca e que ele amava, o baixinho, caseiro de sua casa em Xerém. Fizemos turnê por todo o Brasil e só tenho memórias positivas.

 Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

 Amo saber que estou sendo filmado, seja na televisão ou cinema. Sinto que é um jogo de exibicionismo do bem, no qual saudavelmente nós atores aproveitamos nossos momentos de enquadramento para dar o nosso melhor, repetidas vezes, exaustivas vezes. Gosto de cansar, mas quando escuto o ação eu me transformo completamente e não há cansaço que me vença. Sempre que gravo algo eu simplesmente não consigo reclamar nenhum segundo de nada. O teatro eu gosto na parte que tange a ser expansivo, a respiração e a imponência que lhes são necessárias. No entanto, minha paixão maior é o cinema.

 Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?

Já. Riz Ahmed. Lee Taylor. Robert Downey Jr. Acho que por conta do formato da barba.

 Que personagem gostaria de interpretar?

Sonho em interpretar um vilão de novela ou um cavaleiro com espada.

Projetos futuros?

Meu projeto futuro é uma coisa só: independente do que venha eu vou atrás de produzir meus próprios roteiros para o cinema. Tenho um curta que foi lançado em Maio numa mostra que produzi no MAM, e fui selecionado num festival concorrendo a melhor ator. Tenho um documentário também que está concorrendo em alguns festivais. Meu negócio é ter ideias, captar recursos, fazer e ter meu nome ali como ator, fazendo exatamente o que eu idealizo.

 Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

Compartilhe

Share on facebook
Facebook
Share on pinterest
Pinterest
Share on twitter
Twitter
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on email
Email