É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com o ator Elvis Zemenoi, um talentoso artista da agência de atores Emplacar Você, em nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ele compartilha suas experiências e desafios.
Conte um pouco de você. O que gosta de fazer quando não está atuando?
Além de ator, trabalho como locutor e narrador de audiolivros atualmente, mas já bati muito ponto no mundo corporativo por alguns (muitos) anos. Também sou formado em publicidade e tenho dois gatos que me amam: o Jorge e a Penélope. Quando não estou atuando gosto de programinhas mais culturais: ver um filme, uma série, ler um livro.
Também adoro encontrinhos com amigos regados a comes, bebes e jogos de tabuleiro. Adquiri a rotina de me exercitar com regularidade e sou doido por uma adrenalinazinha. Se quiser companhia pra um parquinho de diversões ou uma volta numa montanha-russa me chama!
Ah, pra finalizar: eu canto, danço (mal) e consigo me virar em instrumentos de percussão (fiz parte da fanfarra na escola por alguns anos e toquei um pouco de cada instrumento).
Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?
Eu estava com 12 anos e a minha professora de ciências da época (Profª Eliana) trouxe um projeto chamado “Você Apita”, que tinha por objetivo discutir temas importantes para os adolescentes. O grupo decidiu discutir o tema bullying e nós montamos uma peça de teatro. Durante as apresentações eu senti que poderia fazer aquilo pro resto da minha vida, mas foi apenas a primeira faísca. Só muitos anos depois, já formado e trabalhando no mundo corporativo que decidi me profissionalizar.
O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?
Durante bons anos eu tive que dividir o meu tempo entre o trabalho “formal” e o artístico, mas chegou um momento em que eu estava muito esgotado mental e fisicamente para conseguir me dedicar ao universo artístico, até que tomei a decisão de pedir as contas e abrir mão de um salário fixo, vale-refeição, vale-alimentação e convênio médico entre outros benefícios. No começo foi bastante difícil e sinceramente até hoje não é fácil. A imprevisibilidade é muito presente nas nossas vidas, mas aos poucos consegui adentrar algumas portas nunca antes desbravadas e estou aqui, persistindo e pela primeira vez na vida conseguindo pagar as contas vivendo de teatro, audiovisual, locução e audiolivros.
Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?
Eu acho empolgante todo novo processo de construção de um personagem. Por mais experiência que se tenha, um novo projeto é sempre um mergulho no desconhecido e gosto de explorar todas as possibilidades. Acredito que todo personagem como todo ser humano possui múltiplas camadas e isso é fundamental para uma boa construção.
Considera importante que o artista se recicle?
Bastante! Como artistas temos sempre que buscar novos olhares, novas formas de pensar a arte e a vida. Para sermos muitos, precisamos de múltiplos conhecimentos e experiências, ficar parado não pode ser uma opção.
Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?
Com tempo de estudo, de palco e de sets de filmagem me sinto mais preparado, com certeza. Penso que estamos sempre em evolução, mas hoje me conheço muito mais e tenho mais segurança em relação as ferramentas que tenho.
Fale um pouco pra gente da sua experiência no teatro musical, onde atua, canta e dança.
A minha primeira peça no circuito profissional era uma peça musicada (Marat/Sade, do Peter Weiss) e durante os ensaios eu já me apaixonei pelo canto. Em 2022 eu estava distante do teatro e resolvi fazer uma prática de montagem em teatro musical, onde tive aulas de canto, dança e interpretação. Apresentamos Urinal, o Musical (meu musical favorito) e tive a oportunidade de interpretar o Policial (um dos protagonistas). A experiência foi incrível e logo em seguida fui convidado para interpretar o Juiz Turpin na montagem do musical Sweeney Todd (outro desafio gigantesco, tanto musicalmente quanto pela interpretação de um personagem muito mais velho). No mesmo período fui aprovado em audições abertas para integrar o elenco da peça “O Alienista”, baseada no conto do Machado de Assis e premiada como melhor espetáculo pelo prêmio Cenym em 2022. Apesar de não ser um musical, é uma peça com intervenções musicais e pudemos circular por algumas cidades do ABC e Grande SP. Logo em seguida, entrei no elenco da peça “Escola de Mulheres – Uma sátira ao patriarcado”, inspirada na peça clássica de Molière e incrementada com muita música e instrumentos tocados ao vivo pelos atores (toco triângulo e alfaia na peça). Estamos em cartaz até o final deste ano (2024) circulando por cidades do interior de São Paulo.
Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?
Pergunta bem difícil! Pode responder TODOS? Eu enxergo o teatro como a base de tudo. Estudar os clássicos e exercitar nossas ferramentas de trabalho são fundamentais para estarmos inteiros tanto para atuar nos palcos, quanto no audiovisual. O cinema e principalmente a TV possuem uma série de questões técnicas que precisam funcionar para que o ator consiga fazer o seu trabalho e é importante que ele esteja preparado e seguro para que o projeto seja bem-sucedido.
Já te acharam parecida com alguma ator, artista ou celebridade?
Várias pessoas já me compararam com o ator Alexandre Nero. O dia mais inusitado foi quando um Uber de Salvador fez a comparação assim que eu entrei no carro.
Que personagem gostaria de interpretar?
Tenho um fraco por personagens disfuncionais. Os personagens que mais me atraem possuem uma curva dramática mais acentuada. Não acredito em personagens muito bonzinhos ou puramente maus. Todos tem obstáculos e objetivos a serem alcançados. Resumindo: podem me chamar pra fazer um mocinho que vou amar (e certamente ele terá camadas além da bondade pura), mas se quiserem me chamar pra fazer um vilão ou algo mais “rock`and`roll” eu vou amar mais ainda! Haha
Projetos futuros?
Estou em cartaz no teatro até o final deste ano e existe a possibilidade do retorno de outra peça no ano que vem (estou torcendo muito pra isso acontecer). Agora no audiovisual? Quem sabe uma série, um filme, uma novela? Estou pronto e animado pra abraçar o que o universo me apresentar.
Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções