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Bate-papo com Futura Leonardo

Hoje, temos a honra de entrevistar Futura Leonardo, atriz do casting da agência Emplacar Você, que tem conquistado cada vez mais espaço e reconhecimento no cenário artístico brasileiro. Com uma carreira iniciada em 2013, quando tinha apenas 14 anos, já acumula mais de 30 trabalhos, incluindo filmes, peças teatrais, curta-metragens, campanhas publicitárias e videoclipes.

Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se “Cangaço Novo” e “O que resta?” (2020), além das premiadas atuações em “Delírio” e “Apneia” em 2021, que lhe renderam o título de melhor atriz. Em 2023, ela atuou em “Superfície” e participou de importantes campanhas publicitárias, como a do Setembro Amarelo e a realizada para o Ministério do Trabalho da Paraíba. Outros projetos notáveis incluem “Labirinto Quântico”, “Antes de ser Blues”, “Amnésia” e os videoclipes “Vídeo Chamada” e “O Tempo”.

A formação de Futura Leonardo é igualmente impressionante, com atividades formativas realizadas com grandes nomes como Felipe Vidal, Clowns de Shakespeare, Teatro da Margem, Ádren Alves, Duda Ribeiro, Cia Urbana de Dança, Cia Casa de Zoé, Luciana Lara e Alexandre Brum Correia. Atualmente, ela integra a Cia Bodopitá de Teatro e o coletivA4 de Teatro, onde continua a aprimorar suas habilidades e a contribuir para a cena artística.

Vamos conversar sobre sua trajetória, suas conquistas, os desafios enfrentados e seus planos futuros. Seja bem-vinda, Futura Leonardo!

Conte um pouco da Futura. O que gosta de fazer quando não está atuando, é leitora, escritora, pratica esportes?

Pratico natação e corrida, nado os 4 estilos (crawl, costas, peito e borboleta). Além disso, nas horas vagas, gosto de leituras baseadas em antropologia e ciência, assisto video aulas e faço musculação.

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Acredito que através do meu pai. Enquanto criança, eu fui bombardeada por bons filmes que ele alugava ou comprava para que eu assistisse às obras. Minha arte começa alí, e o desejo de também fazer parte das histórias narradas nos filmes, também se inicia nessa época. Porém o grande ponto de virada foi no ensino médio, ao qual consegui uma bolsa PIBIC dentro da universidade federal de CG, para pesquisar sobre o teatro da cidade. Minha grande orientadora foi a doutora em teatro, Eliane Lisboa, a qual me direcionou para assistir a grandes peças teatrais e ser “pescada” pelas mesmas.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Minha rotina se definiu em ensaios teatrais, processos para conclusão de projetos no audio visual e acredito que ter um reconhecimento dentro da classe.

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Encaro como uma oportunidade de reviver. Sou mais fã das vidas das personagens do que da minha, também enxergo como um mecanismo de provocação, de reflexão para quem assiste. 

Considera importante que o artista se recicle?  

Acho que a “reciclagem” é necessária para uma renovação no trabalho, um espécie de fluidez e possibilidades para poder jogar melhor com o trabalho. Gosto de manter as oficinas teatrais em dia sempre que posso, tendo em vista que as descobertas que o corpo e a voz encontra são muitas vezes definidores de um bom trabalho na interpretação.

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Apesar de ouvir “porque você ainda está aqui?” Ou “você ainda não é reconhecida nacionalmente” ou ainda “você tem prêmios mas e aí?” Enxergo minha evolução positiva. Conquistei boas obras, filmes exibidos internacionalmente, prêmios, trabalhos e etc. Porém, sinto que ainda não é o que quero, sinto minha evolução até eficaz porém lenta, como também reflito e temo ficar apenas com “isso”, sem estabilidade e sem trabalhos recorrentes. 

Você fez uma participação na série de sucesso de crítica “Cangaço Novo”, como foi o desafio de participar deste projeto?

Participar pela primeira vez de uma grande produção e ver aos olhos “nus” uma equipe enorme trabalhando em uma cena, foi certamente um grande divisor de águas na minha carreira. Na época, depois de fazer o teste eu torci muito para que tivesse dado certo e em pouco tempo recebi a notícia que passei. Apesar da minha cena ser curta, pude conhecer grandes atrizes e grandes diretores. Nos bastidores a comunicado foi excelente e a produção também muito organizada, foi assim que fiquei mais segura e esperançosa em relação ao meu trabalho.

Como foi o desafio de participar da série  “Maria Bonita”?

Na série Maria Bonita, meu primeiro desafio foi o teste para fazer a protagonista, esse mesmo teste infelizmente eu não passei e logo em seguida contrataram  a atriz Isis Valverde. Depois de um tempo fui convidada pelo mesmo produtor de Cangaço novo para adentrar agora o universo desta outra série, aceitei e já no set, tentei prestar atenção em cada etapa das cenas gravadas. Neste trabalho, a minha Participação foi curta, porém na minha primeira diária conheci a atriz Isis Valverde e nesse dia tudo já valeu a pena, pois percebi o quão simpática aquela mulher era e de certa forma me fez acreditar que na minha jornada as coisas também podem ser possíveis de acontecer.

Como se sentiu pelo reconhecimento dos prêmios de melhor atriz nos curtas “Delírio” e “Apneia”?

A experiência do reconhecimento é muito importante e das duas vezes em que recebi o prêmio, compartilhei com minhas colegas de categoria, ofereci a elas, ao festival e a equipe do filme, pois acredito que o reconhecimento ele vem de um lugar coletivo, de uma lugar de exibição e não uma competição sem filtro ou desenfreada. Meu sentimento nesses dias, foram de satisfação e agradecimento.

Conte mais sobre o projeto da Cia Bodopitá de teatro?

Na cia bodopita, estamos com um projeto infanto-juvenil baseado na obra “o catador de pensamentos”. Já no coletivA4 de teatro, estamos com um espetáculo adulto que permeia a performance e a pesquisa de autoficção. O primeiro é financiado pelo governo municipal e o segundo pelo governo estadual.

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

Vejo como modalidades de atuação que todo ator ou atriz precisa ter, mesmo tendo em vista aquele que ele gosta mais de fazer, porém acredito que o ofício de atuação é muito amplo e por isso é interessante viver eu diria, essas diversas plataformas. No meu caso, eu prefiro fazer todos, me delicio com todos, porém o cinema é o meu grande laço afetivo, tenho um carinho a mais por ele, como adoro uma narrativa, um personagem “bem acabado” o cinema me agrada muito mais.

Já te acharam parecido com alguma atriz, artista ou celebridade?

Não sei de onde tiram mas, nomes como Eva Green, Fernanda Torres, Tatá Werneck,  já apareceram e no momento apenas consigo lembrar desses.

Que personagem gostaria de interpretar?

Agora pensando em remakes, gostaria de fazer a Dayse Fuller (curioso caso de beijamin button) Noel (incêndios) Norma Desmond (Crepúsculo dos deuses) Medeia (medeia por Consuelo de Castro feito pela Bette Coelho) Jasmin (blue Jasmin) Anne (Anne Hall) Diane Keaton em interiores, Sophia (a escolha de Sofia) Angel (verdades secretas) Vannessa (penny dreaful) Bredon (meninos não choram) Mabel (uma mulher sob influência) Yentil (Yentil, feito pela barbra stresaind) isabelle (os sonhadores) Nina (cisne negro) Steve (moomy) entre outros.

Projetos futuros?

Antes de tudo, meu grande projeto é trabalhar e sobreviver na área. De todas forma, também penso que agora é trabalhar em produtos com maior alcance e tentar mirar de forma estratégica nas produções de pernambucano e assim minar o nordeste e ganhar visibilidade. Dessa forma, talvez poderia sair um bom projeto para um bom nome.

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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