É com grande entusiasmo que trazemos hoje uma entrevista especial com um dos nomes promissores e versáteis do mundo artístico que faz parte do casting da EVC Talentos: Gabriel Azevedo. Além de ator, Gabriel também é cantor, dublador e compositor, e tem conquistado seu espaço no cenário cultural com talento e dedicação.
Gabriel acumula mais de 30 trabalhos em novelas, filmes e publicidades, trazendo vida a personagens memoráveis e encantando o público com suas performances cativantes. Entre esses papéis, destaca-se o personagem “Fabrício”, o pretendente de Bernadete na aclamada novela “Chocolate com Pimenta”.
Gabriel Azevedo se destacou em produções como o longa-metragem “Plano B – Missão Cupido”, interpretando o personagem “Marco Aurélio”, além de brilhar na série “Reis” como “Pagem de Saul” e na superprodução “Gênesis” como “O Viajante”. E não podemos esquecer de mencionar sua participação marcante na novela “Verão 90”.
Além de seu trabalho nas telas, Gabriel é um apaixonado pela arte em todas as suas formas e é membro da “Companhia Jogo Sério”, onde se dedica a pesquisas de clássicos do teatro e cinema. Essa busca incessante por conhecimento e aprimoramento profissional tem sido uma constante em sua carreira, evidenciando sua dedicação ao ofício da atuação.
Mas não se engane pensando que sua vida é inteiramente dedicada ao trabalho. Nos momentos de lazer, Gabriel Azevedo aproveita para se conectar com a natureza e praticar atividades físicas que o revigoram tanto fisicamente quanto mentalmente. Caminhadas por trilhas, corridas ao ar livre, surfar, andar de skate e a prática semanal de Jiu Jitsu são alguns de seus hobbies preferidos.
Nesta entrevista exclusiva, teremos a oportunidade de conhecer mais sobre a trajetória de Gabriel Azevedo, suas inspirações, projetos futuros e como ele consegue conciliar a vida artística com a busca pelo equilíbrio pessoal.
Conte um pouco do que gosta de fazer quando não está atuando?
Sou um eterno apaixonado por animais e meus cachorrinhos tem um lugar especial no meu coração. Gosto do dia, praia, sol, corridas matinais ao ar livre, gosto de ter conversas profundas e reflexivas com amigos que são de verdade. Adoro surfar aos finais de semana com meu pai e amigos. Posso também me considerar um admirador das cachoeiras do Rio de Janeiro, onde me energizo sempre que posso. Adoro um bom livro, peças teatrais, academia, um barzinho com petiscos e gente pra conversar, trilhas com lindas paisagens e fazer vídeos engraçados pra postar nas minhas redes sociais. Não vivo sem uma boa comédia.
Como aconteceu o audiovisual na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?
A arte me achou na verdade. Um garoto novo com 9 anos de idade e vivendo o seu mundinho ao lado da sua família em uma praça de alimentação de um shopping, quando uma mulher apareceu, oferecendo uma agência de modelos, fotos, ensinamentos e um novo mundo. Eu abracei a ideia e daquele mundo, até então apenas fotográfico, o audiovisual apareceu 2 anos depois, através de uma agência de atores mirins, mudando minha vida e me fazendo iniciar e acreditar no amor pela arte.
O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?
Quem escolhe esse mundo, precisa seguir uma vida de determinação, sorte, tolerância com os altos e baixos do meio e acima de tudo, perseverança. É difícil unificar tudo e ainda estar com o psicológico em dia. Acredito que mais complicado do que saber ter, é aprender a ainda não ter, e de uma forma pacífica com você mesmo. Já que, muitas coisas não dependem de você e sim de uma série de outros fatores. A única coisa que poderia interromper ou abrir mão, é do tempo, dos estudos, dos textos e dos trabalhos, mas como tenho um amor imenso por essa vida, isso tá fora de questão.
Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?
Eu tenho muita vontade de começar do zero e junto a todos a me preparar para um grande personagem. Todos os meus trabalhos foram pulando em um carro já em movimento. O impacto é sempre muito forte e isso me fortaleceu muito, já que me sinto capaz hoje de ter um bom controle comigo mesmo, perante aos outros, com o personagem e a trama no geral. Óbvio que dentro desse contexto, há o respeito e o estudo muito sério com o trabalho.
Considera importante que o artista se recicle?
Reciclar, mas não perdendo a essência, se repaginar, aprender coisas novas, entender o momento, podar muito do que não serve mais e que está no passado, mas ainda sim, não abandonar tudo. Sempre tem algo a se usar a seu benefício.
Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?
No meu primeiro trabalho, ainda muito novo, entregava um personagem, com respeito, admiração, e o profissionalismo que eu podia na época. Estamos falando de idade de 10 a 11 anos e uma cabeça ainda em construção, pra tudo na verdade. Hoje eu faço de tudo para “viver” o que me disponho a fazer acontecer. Viver a sensação, a emoção, o presente momento do personagem e torná-lo real, é a evolução que eu busco a cada trabalho. Digo busco, pois estamos sempre em um eterno aprendizado.
Como foi participar do filme sucesso de público ” Nosso Lar “?
Como espírita, eu só tenho a agradecer a oportunidade. O fato de ser um filme, estar no cinema, o peso da história, o carinho pelo tema, as reuniões que me fizeram aprender tanto sobre o espiritual, entender a dinâmica de como se é feito um filme. Tudo isso é uma coisa pela qual todo ator deveria presenciar uma vez na vida. O carinho é imenso e a vontade de fazer mais filmes é ainda maior.
Você integrou o elenco da novela Chocolate com Pimenta que estava reprisando, como foi participar desse grande sucesso como Fabrício o namorado da Bernadete, interpretado pelo Kayky Brito?
Hoje, com a cabeça formada, eu consigo entender a importância que Fabrício teve na época e até hoje mesmo. Quando mais novo, acredito que, aos 14 ou 15, eu via muito respeito e admiração com o personagem nas ruas. As pessoas sentiam carinho pela maneira com a qual o Fabricia conduzia aquela relação, de maneira pura, e sempre na esperança de ganhar a sua amada Bernadete, mas principalmente por seu amor ter rompido barreiras, já que, mesmo ao descobrir que Bernadete era Bernardo, seu amor prevaleceu e ele continuou a cogitar, te-lo em sua vida. Enfim, uma virada de chave que encorajou, e incentivou pessoas naquela época, a assumirem muitas de suas verdades.
Já na tv aberta fez uma participação destaque “Gênesis” e “Reis”como foi atuar nessas superproduções?
Gênesis pra mim foi maravilhoso e desafiador. Eu fiz um personagem codinome O viajante, que estaria interessado em comprar a filha de labão, a Lia. Foi uma cena grande e com suma importância, pois você chegar, sem entender a história a fundo e ter que se adequar a uma situação com tantos detalhes e que mexe um pouco com seu psicológico como ser Humano, não é fácil. Foi uma grande competição comigo mesmo. Heitor Martinez era Labão e um ator maravilhoso. Existiam só feras em cena comigo. Eu precisava mostrar que estava apto aquele papel e dei o melhor de mim. Quando vi a cena, fiquei muito feliz, pois nunca havia feito uma novela bíblica. As roupas, as falas, os personagens, o cenário, tudo na hora da ação é muito mágico. Já em Reis, além da trama e os personagens serem incríveis, foi também a realização da criança que habita em mim, já que se tratava no final, de uma batalha épica daquele tempo. Fiz o personagem “Pagem de Saul” um jovem serviçal, utilizado pelo Rei Saul (Carlo Porto) para acompanhá-lo em campanhas militares. Não posso dizer nada, além de muita gratidão a todos os atores e equipe. Me abraçaram e me fizeram sentir parte do elenco em poucos dias. Grande parte do núcleo que trabalhei, possui quase a mesma faixa etária, mesmas idéias, mesmos rolês. Alguns dos meninos eu já conhecia, seja de vista ou de ter conversado, como o Ronny Kriwat e o Caio Vegatti. Pude conhecer o Miguel Coelho, Enzo Ciolini, e o próprio Carlo, que me receberam de uma forma muito legal. Soldados a caráter com arcos e flechas. Brigas de espadas, todos nós correndo e nos defendendo com nossos escudos e lanças. Quando a ação começava, você sentia estar de fato naquela situação e toda a emoção vinha à tona. Foi muito empolgante e eu verdadeiramente amei fazer tudo aquilo.
Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema, TV e a música? De que forma enxerga essas quatro práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?
Cresci fazendo televisão. O teatro em seguida meu deu uma nova roupagem de atuação, vivência e olhar para com o meio artístico. Em seguida veio para mim o cinema com toda a elegância e maestria em sua produção, ainda mais um tema do qual sou tão ligado. Além do projeto musical Solo2, onde canto e componho em parceria com Caio Lucas Leão. A música pra mim é uma linguagem universal que tem o poder de conectar pessoas e transmitir mensagens profundas. A junção dos quatro fortalece o ator, o trabalho do ator e a maneira com a qual o público vê aquele ator.
Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?
Já me disseram muito sobre ser parecido com o Bruno Gagliasso ou o Jared Leto (Ator e cantor americano)
Que personagem gostaria de interpretar?
A evolução aparece quando você sai da zona de conforto. Então se pudesse escolher, daria ênfase a começar pelos personagens que menos se parecem comigo.
Projetos futuros?
Estou participando agora de uma companhia de Cine Teatro chamado Jogo Sério. E estamos no processo de adaptação da obra de William Shakespeare “Tudo bem quando termina Bem” para um canal no youtube. Além de outros projetos. Também estou no processo de pré-produção de um curta-metragem que sou o protagonista.
Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções