É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com o ator Gabriel Ericsson, um talentoso artista da agência Emplacar Você, em nosso blog. Vamos conhecer mais sobre sua trajetória, inspirações e o que a motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta conversa, Gabriel compartilha suas experiências, desafios e sonhos que seguem impulsionando sua carreira.
Conte um pouco de você. O que gosta de fazer quando não está atuando?
Além da atuação, tenho uma longa trajetória na música. Sou baterista desde os 14 anos e já vivi experiências das mais diversas: toquei em banda marcial na Suécia e na Noruega, integrei grupos de rock no Brasil, acompanhei grandes nomes como João Carlos Assis Brasil e participei de eventos como o Rio Montreux Jazz Festival, Mondial de La Bière, entre outros. Minha formação inclui o curso técnico em música pela Escola de Música Villa-Lobos, Licenciatura em Música pelo Claretiano, e atualmente estou finalizando a pós-graduação em Musicoterapia. Grande parte do meu tempo é dedicada a essa arte, que carrego com amor ao longo de todos esses anos.
Além disso, nas horas livres gosto de surfar — nascido e criado em Cabo Frio, levo essa paixão comigo para onde vou. Também gosto muito de praticar musculação e pedalar.
Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?
Minha história com a arte começou pela música. Tive minha primeira banda aos 14 anos de idade e, desde então, sempre estive imerso nesse universo. Morei por alguns anos na Suécia, onde meu pai (já falecido) vivia. Quando decidi voltar ao Brasil, resolvi correr atrás de um antigo sonho: estudar Teatro no Rio de Janeiro.
Em 2012, ano em que meu pai faleceu, me mudei para o Rio e iniciei o curso técnico em Teatro pela CAL. Após a conclusão, fiz workshops e oficinas livres, mas queria ir além e ingressei na graduação em Artes Cênicas (bacharelado) também pela CAL. Me formei e, posteriormente, atuei como monitor por um ano com os professores David Herman e Alain Alberganti, o que me proporcionou um grande aprofundamento em seus métodos.
O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver desse universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?
Sim. Além de mudar de cidade, no início deixei os estudos e trabalhos com música de lado por quase três anos para me dedicar ao Teatro. Com o tempo, consegui retomar a música e, aos poucos, conciliar as duas artes. Tive períodos intensos em que fazia faculdade de Artes Cênicas pela manhã, trabalhava em escola de música à tarde, tocava à noite com bandas no Rio e ainda estudava música.
Com o tempo, aprendi a equilibrar a rotina para não sobrecarregar e, assim, aproveitar com qualidade as oportunidades em ambas as áreas.
Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?
Após tudo o que estudei e vivenciei no Teatro, acredito que, além da técnica, um bom caminho para se apropriar de um papel é compreender o lado humano do personagem. É necessário acreditar que poderíamos ser aquela pessoa, sentir empatia e mergulhar em suas emoções.
Quando percebo uma distância entre mim e o personagem, recorro às técnicas de atuação. Já quando há identificação, me entrego como se fosse eu mesmo vivendo aquela história, naquele lugar, naquela hora.
Considera importante que o artista se recicle?
Sim! “Água parada dá dengue” — brincadeiras à parte, a reciclagem é o que mantém a alma do ator jovem e pulsante. Manter a mente aberta é essencial para acompanhar a evolução em qualquer profissão.
Assim como um médico precisa se atualizar constantemente diante de novas doenças, o ator também deve acompanhar as transformações nas formas de comunicação. Basta observar: uma criança ou adolescente hoje provavelmente se entediaria vendo um filme antigo de mais de três horas, com cenas longas e poucos cortes. A linguagem muda, e precisamos acompanhar essa evolução para seguir relevantes e conectados.
Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga sua evolução?
Hoje, como professor de música, ensino não apenas teoria e prática, mas também os bastidores do mercado musical. Com a atuação, lembro que, mesmo depois de toda a formação, quando fui gravar minha primeira participação, me deparei com muitos detalhes novos — desde abreviações no roteiro até a dinâmica de um set de filmagem.
Mas algo que sempre me guiou e ajudou a controlar a ansiedade foi lembrar que todos ali, do ator ao recepcionista, estão com o mesmo objetivo: fazer o trabalho acontecer da melhor forma.
Desde então, encaro cada projeto com leveza, dedicação e com o coração aberto. Me sinto mais maduro, atento aos detalhes e muito grato por atuar nessa área que considero sagrada.
Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? Como enxerga essas três práticas na sua vida?
TV!
Na música, prefiro os palcos e a energia ao vivo. Já na interpretação, hoje me sinto mais motivado a trabalhar com televisão.
O teatro musical também me encanta, e minha formação foi toda voltada para o teatro. Ainda hoje, realizo espetáculos anualmente na escola onde leciono e adoro estar no palco. Mas, na atuação, prefiro os bastidores e os bastões da TV ou do audiovisual. Sinto que ali consigo explorar mais nuances e profundidade.
Fale dos seus últimos trabalhos.
Em 2025, participei da novela Mania de Você, da Rede Globo, na reta final. Tive o prazer de contracenar com Rodrigo Lombardi, André Abujamra e Rayssa Bratillieri, interpretando Yuri, capanga da máfia russa liderada por Boris.
Também participei recentemente das gravações da produção Paulo, o Apóstolo, da Record.
Na música, continuo em atividade com as bandas “El Miraculoso Sambjazz” e “KAIZEN”.
Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?
Sim! Quando eu usava cabelo comprido, me chamavam bastante de Humberto Gessinger (cantor do Engenheiros do Hawaii).
Que personagem gostaria de interpretar?
Tenho muita vontade de interpretar personagens bíblicos. Também me vejo bem em papéis com um perfil militar — soldados, policiais, mafiosos. Acredito que meu semblante mais sério favorece esse tipo de personagem.
Projetos futuros?
Na área musical, com a banda KAIZEN fomos aprovados no edital “Esse Tal de Rock n’ Roll”, e realizaremos shows pelo estado do Rio de Janeiro ao longo de 2025. Com a banda El Miraculoso Sambjazz, seguimos fazendo apresentações e eventos pela cidade do Rio.
Equipe de Conteúdo Emplacar Você
