É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com Hellen Souza, uma talentosa atriz da agência de atores Emplacar Você, no nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências e desafios.

Conte um pouco da Hellen. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Eu decidi fazer da minha vida, arte. Então quando não estou trabalhando ou estudando interpretação, estou produzindo algum roteiro, praticando canto, exercitando meu corpo com a prática de yoga, com meditação e também a pintura em tela. Gosto de sempre exercitar a criatividade e leveza no meu dia a dia. 

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Eu nunca consegui me encaixar na escola, durante as aulas eu ficava sempre desenhando. Minha brincadeira era fazer “falinhas” para dar aos meus amiguinhos e a gente interpretar, sendo que eu nem sabia o que era teatro. Sempre fazia músicas e coreografias também. A arte estava ali. Me lembro de assistir novelas e ter dito uma vez que um dia eu estaria lá. Com 13 anos pedi para entrar num curso de teatro, onde me formei com 17 anos.

Hoje a arte não é um sonho e muito menos um dom. Hoje toda a minha disciplina e foco é na arte. É o meu trabalho.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Eu tenho uma rotina feliz, às vezes cansativa, mas feliz. Fiz o enem e passei para uma Universidade pública na qual tentei me encaixar nas minhas duas opções de cursos rentáveis, não consegui me adaptar a nenhuma delas. Era desesperador para mim passar horas do meu dia estudando algo no qual eu não me sentia completa. Larguei tudo para uma vida incerta, mas que eu amo. 

Tomei coragem para ser feliz e fazer o que eu acreditava. Apesar das incertezas nesse meio, estou sempre em novos projetos, até mesmo os independentes.

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Dar a vida a um personagem e ser escolhida por ele é uma honra. Eu sou apaixonada por desvendar emoções e tentar entender o porquê dele agir de tal maneira. Me identifico com todos os personagens que faço e encontro eles em mim. Me despedir é a parte mais difícil, porém necessária. Depois que a história foi contada, deixo ele partir. Claro que reflito sobre o que aprendi com ele e repenso a minha vida. Ser atriz é um constante renascimento.

Considera importante que o artista se recicle? 

O tempo inteiro! Um ator nunca vai saber o tamanho do seu potencial na atuação porque a vida ainda está acontecendo. Eu faço um treinamento contínuo de interpretação realista e sempre volto a ele quando não estou trabalhando. Eu amo aprender e a única certeza que tenho é de que nunca vou saber de tudo. Nem quero isso. 

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Eu tenho mais clareza do meu caminho e sei para onde quero ir. A Hellen de tempos atrás estava muito emocionada com as oportunidades que apareciam, hoje sei aproveitar mais meu ofício e ver se as situações são condizentes com o que desejo para a minha carreira. 

Você participou da série “Sobrevivendo no Inferno” a primeira série a retratar o presídio feminino, com uma personagem esquizofrênica viciada em drogas, como foi participar desse desafio?

Insano! Não existe outra palavra. Foi a minha primeira oportunidade no audiovisual e uma responsabilidade gigante. Dar a vida a Maluquinha (apelido dela) foi como um sopro de vida para mim mesma. Ver a vulnerabilidade dela, o bullying que ela sofria das outras presidiárias e viver as situações quase que desumanas das mulheres no presídio foi reflexivo. Lembro que saia das gravações e chorava muito na volta pra casa me lembrando do que ela passava lá dentro. A série ainda não tem data de lançamento, mas vai emocionar muita gente pelo seu realismo. Agradeço também a diretora Rayssa De Castro por essa oportunidade.                          

No teatro participou do tributo a Dalva de Oliveira, conta essa experiência pra gente?

Foi minha primeira experiência com teatro musical. Lembro que me senti desafiada por se tratar de uma grande figura brasileira. 

A partir daí vi que gostava muito de misturar a atuação com música. 

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como conciliar tantas atividades?

Nesse momento da minha vida ainda não consigo decidir o meu melhor meio para trabalhar, pois estou na fase de experimentação e quero experimentar bastante antes de seguir uma linha. É sempre importante entender o meio para qual está atuando, cada um tem uma necessidade e forma diferente de fazer o mesmo ofício: dar a vida a alguém. 

Já te acharam parecida com alguma atriz, artista ou celebridade?

Perguntavam se eu era parente da Juliana Paes quando era adolescente, também já me confundiram com a Bella Campos algumas vezes na rua e em testes de elenco quando a mesma estava em Pantanal. Ambas lindíssimas, então me sinto honrada quando algo assim acontece. Mas hoje não me acho parecida com nenhuma.

Que personagem gostaria de interpretar?

Gosto de personagens que ousam bastante ou que não estão ligando para nada e eu tenho que descobrir uma vulnerabilidade escondida no passado dele. Quero trabalhar mais com personagens que fazem a diferença no mundo seguindo alguma ideia, mocinha ou vilã. 

Projetos futuros?

Acabei de finalizar uma minissérie chamada ´´Queria Te Dizer“, para levar a festivais e tive o prazer de produzir e interpretar esse projeto. Estou finalizando um roteiro de um curta metragem chamado ´´Entre Cicatrizes“, junto com uma equipe. Paralelo a isso, estou em processo de pesquisa para um roteiro de longa metragem autoral sobre uma história real, não consigo dar mais detalhes sobre, porém, lindas coisas estão surgindo para o audiovisual brasileiro. No final do ano irei participar de um musical infantil na cidade de Niterói, mas também não tenho permissão para revelar no momento.

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções