É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com a atriz Juliana Abreu, uma talentosa artista da agência de atores Emplacar Você, em nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências e desafios.
Conte um pouco de você. O que gosta de fazer quando não está atuando?
Me considero uma pessoa muito curiosa, então sempre estou buscando um curso novo, ou uma atividade diferente. Capoeira, natação, música, dança contemporânea, stiletto, teatro físico, escrever poesia, composição de música, tudo que me provoque e me apresente um universo novo. Hoje o tecido acrobático e o curso de roteiro têm me fisgado. Em casa gosto de me arriscar a preparar pratos diferentes, amo cozinhar.
Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?
No colégio. Desde nova sempre me voluntariei para fazer as peças, para cantar no dia dos pais, e a montar coreografias com meus amigos. Sempre me definiram como criativa e comunicativa, uma artista. Com o passar dos anos fui passando por cursos livres de teatro, até me profissionalizar na Escola de Atores Wolf Maya e Bacharel pela CAL em Teatro.
O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?
Com pais donos de padaria ao chegar no ensino médio muitos esperavam que eu optaria por um curso ligado a isto. Foi então que eu negociei com meus pais para trabalhar para eles em troca da mensalidade do curso.
Senti a responsabilidade, mas também a gratidão por ter eles me apoiando. Sempre me esforcei muito, e meus pais notavam desde nova a dedicação e o amor que eu tinha por esse ofício. Quando recebi o prêmio da Funarte com “Aquela que Observava as Bolhas” levei como uma confirmação do cara lá de cima.
Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?
Cada personagem é de fato uma nova história, um novo universo. Gosto muito de ler o texto e de investigar através do corpo e da voz. Acredito que tudo parte do real. Do que eu tenho em mim para emprestar, ou como modular aquele sentimento, parte do que é físico. Eleonora Fabião, Antonin Artaud, e muitos que valorizam o corpo e sua potência do micro ao macro são de onde eu bebo. Depois busco referências no “fora”, livros, filmes, espetáculos, quadros e conversas com amigos artistas.
Considera importante que o artista se recicle?
Muito. Acho de um extremo respeito à profissão. Conhecimento e investigação nunca são demais. Nos torna atores mais preparados para o jogo cênico e para vida.
Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?
Muito do que eu achava que não sabia fazer, na verdade era falta de tentativa. Nada é impossível com pratica e comprometimento. Aprendi a falar espanhol e inglês sozinha, agora faço cursos para aprimorar, mas no início eu achava muito difícil, impossível. Hoje em dia meu lema é sair da zona de conforto e estar sempre disponível.
Fale um pouco da sua experiência no teatro musical.
Comecei a estudar canto com seriedade e dureza na pandemia. E encontrei uma paixão em meio aquele cenário caótico. Descobri que era contralto, e me direcionei a artistas que acolheram o meu tom, como Alcione. Mas a confirmação veio no ano seguinte quando me tornei protagonista do musical “Bem-Vindo à Fabulosa Las Vegas” , apresentado no Teatro Oscar Niemeyer. No ano seguinte conquistei o 2 lugar no FestiCal – na faculdade Cal – com “Vermelho” e meses depois participei de “Melodrama” com a direção de César Augusto. É mágico cantar em cena, a potência. Cria-se para o ator e para o público um outro universo.
Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?
Impossível. São bem distintas apesar de muitos acharem parecidas, talvez porque se complementam. Mas gosto de dizer que o teatro é minha casa, já fiz 30 peças até hoje. O cinema é onde a concretude me alicerça, onde produzi, escrevi e atuei em 3 filmes. A TV é um vínculo das memórias, onde alcançamos o coração da diversidade, meus melhores momentos foram assistindo novelas com minha avó.
Já te acharam parecida com alguma atriz, artista ou celebridade?
Já! Alguns amigos dizem que lembro a Fernanda Torres talvez pelos olhos grandes e meu jeito engraçado. Minha família me acha parecida com Cláudia Raia.
Que personagem gostaria de interpretar?
Com certeza algum de uma trama de investigação, com policiais e o tráfico. Ação, mistério, perigo, até me arrepio de falar.
Algo que também me fisgaria é uma comédia como “Os Normais”, “A Grande Família”, “Toma Lá Da Cá”, seria uma grande realização.
Personagens que compõe o legado da Sônia Braga e da Adriana Esteves têm meu coração de fã, seria uma honra.
Projetos futuros?
Gravei a primeira temporada para série “ Vida em Maricá”, interpretando a Carol. A partir de dezembro estou em cartaz com ” Origens ” interpretando a Rainha Vermelha no Teatro Eduardo Kraichete. Gravo como apresentadora da 6 edição do “Celebrar Maricá”. E em janeiro gravo o documentário sobre violência contra a mulher “Vermelho” pela LPG de Campos, e ensaio o monólogo “Desejo de Morrer” que estreia em 2025.
Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções