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Bate-papo com Lais Morandin

É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com Lais Morandin, uma talentosa atriz da agência de atores Emplacar Você, no nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências e desafios.

Conte um pouco da Laís. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Eu sempre fui uma criança muito agitada, então pensar em Laís é a mesma coisa que pensar em energia. Gosto de estar próxima a pessoas que eu amo, próxima a natureza, passear com minha cachorrinha , a Tequila, ficar só de papo pro ar no mundo da imaginação e dar boas gargalhadas. Isso em tempo de lazer. Agora no outro lado da minha vida sou estudante de Psicologia na UFRJ, sou monitora bolsista e extensionista em um projeto chamado Circulando com Autismos, onde realizamos oficinas teatrais com jovens e adultos autistas e psicóticos. Adoro a Psicologia, aprendo muito todos os dias e me considero uma aluna dedicada, apesar de viver essa vida dupla.

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Quando pequena assisti minha primeira peça na escola e disse para a minha mãe que queria muito começar a fazer teatro. Nessa semana, fomos atrás do diretor da única companhia de teatro da minha cidade, mas infelizmente descobrimos que não havia uma turma para crianças. Desse Dia em diante, meu grande propósito era de convocar o máximo de crianças da cidade para se interessarem por uma turma infantil de teatro, além de ser uma criança muito pentelha e pedir muitas vezes ao diretor da companhia. E foi assim que depois de muita insistência surgiu o grupo infantil de teatro da minha cidade. Era uma delícia! Apesar de tudo ser muito simples, muito do que sou hoje vem do ensinamento e vivências com os professores, diretores e colegas da Quintal das Artes. Foi ali, naquela pequena escola que decidi o que queria fazer quando fosse adulta. Queria ser atriz.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Como dito anteriormente, sou de uma cidade minúscula chamada Tambaú, ela tem uns 20 mil habitantes. Apesar de ser um lugar muito confortável para se viver sinto que meus sonhos não cabiam ali, eram grandes demais para uma cidade tão pequena. Foi assim que tive a ideia de me mudar de cidade, mas para isso criei todo um plano para meu pai não ficar maluco. Passei na UFRJ para Psicologia e me mudei para o Rio de Janeiro, o lugar ideal para as oportunidades acontecerem. Hoje em dia faço uma faculdade que amo de forma integral, mas durante a noite vou direto à Martins Penna, o curso técnico de teatro onde estou me formando. Toda essa jornada me deixa exausta, tive que abrir mão da minha família presente 24h em Tambaú, abri mão de momentos universitários e tempo de descanso. Mas apesar dos pesares, faço o que amo e nada vai me parar.

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Uma tremenda aventura! É incrível pensar que cada personagem é uma persona completamente diferente e única, cada um possui uma forma específica de andar, reagir e até mesmo respirar. O trabalho do ator para mim é de muito cuidado, observação e presentificação, sem esses elementos não funciona. Meu processo para entrar no personagem é muito físico, preciso estar com a cabeça 100% concentrada naquilo que estou fazendo para realmente dar vida a aquela pessoa que quero interpretar, o que posso dizer? é mágico.

Considera importante que o artista se recicle?  

Com certeza, faz toda a diferença no nosso trabalho.

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

No começo não acredito que levava o teatro com tanta seriedade que ele merece, afinal eu era uma criança de 11 anos fazendo aula com meus amigos, era sempre uma grande diversão. Hoje em dia, com meus 23 anos, passei por experiências suficientes para trabalhar com o profissionalismo de uma atriz adulta. Nesse meio tempo, uma grande ferramenta que mudou completamente minha forma de atuar foi a presentificação que desenvolvi através de muitos exercícios na Martins Penna. Para mim antes disso, era inconcebível a ideia de não pensar e organizar mentalmente o que eu ia fazer em cena, com a presentificação eu não fico remoendo o que preciso fazer, eu só vou lá, experimento e faço, deixando toda a minha criatividade e liberdade fluírem em um curso incrível. Tudo isso fez com que eu pudesse descobrir muita potência e possibilidades como atriz.

Você se formou na conceituada escola Martins Penna, conte um pouco do seu processo lá.

Eu estou me formando lá esse semestre, faltam 2 semanas para minha apresentação de conclusão. Meu processo na Martins não foi marcado pelo ensino de excelência que se espera em uma escola, mas sim pelas pessoas que conheci, pessoas tão especiais, talentosas e diferentes de mim. Estudar na Martins foi a experiência mais rica no sentido racial, político e econômico, lá eu tive boas aulas disso tudo apenas convivendo e estudando com essas pessoas incríveis. Não sou a mesma pessoa depois de ter passado por essa escola, e muito menos a mesma atriz. Toda essa bagagem que adquiri me fez pensar a arte de outras formas e possibilidades, sou muito grata por ter ido estudar lá.

Você já participou em diversas montagens, entre as principais se destacam “Cala a Boca Já Morreu”, “O Caso Dessa Tal de Mafalda” e “O Anjo Do Bosque da Solidão”, todos eles realizados pela mesma companhia de teatro Quintal das Artes. Como foi essa experiência?

Sempre foi um prazer participar das produções da Quintal das Artes, aprendi muitas coisas com eles. Entretanto, nessa época eu ainda acreditava muito no poder do personagem principal, queria de toda a forma me empenhar para ser a principal da peça, e essa obsessão acabou não me ajudando muito como artista, e sim me atrapalhando. Hoje em dia, luto para me aperfeiçoar cada dia mais, mas entendendo que a magia do teatro vem do fazer junto, do coletivo e do processo, então se for para eu ser uma mosca na peça, pode ter certeza que serei a melhor mosca que você já viu.

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

Eu nasci no teatro, e cada vez mais venho observando o como sou completamente apaixonada por ele. Nunca tive muitas oportunidades no audiovisual além de participações em clipes musicais e figurações. Mas ainda assim, gostaria de trabalhar mais com essas áreas, explorando minhas habilidades e capacidades como atriz.

Já te acharam parecida com alguma atriz, artista ou celebridade?

Minha avó sempre me disse que parecia um pouco a Paola Oliveira hahaha, como vocês podem ver meu perfil é comum de ser encontrado por aí, sou loira, branca e de olhos castanhos, por isso mesmo temos que nos diferenciar na personalidade e no talento, onde afirmo com todas as letras que sou única e não me pareço com ninguém.

Que personagem gostaria de interpretar?

Uma vilã super engraçada e carismática, adoro fazer papéis que envolvam comédia. Quando pequena disse a minha vó: -Vovó, eu gosto muito mais das bruxas do que das princesas. ela me perguntou o porquê e eu respondi que as bruxas podiam fazer o que bem entendessem hahahaha acho que minha vontade de ser vilã é a de poder fazer o que eu bem entender.

Projetos futuros?

Atualmente estou muito empolgada com a criação de conteúdo no instagram, venho criando personagens que geram uma identificação com o público, ando me divertindo muito criando histórias. Pretendo me formar na Martins Penna e embarcar com meus colegas de classe na criação de um novo espetáculo em conjunto Céu de Maracangalha, ele ainda está sendo desenvolvido, mas estamos muito animados com a possibilidade de continuarmos trabalhando juntos.

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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