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Bate-papo com Landa de Mendonça

É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com Landa de Mendonça, uma talentosa atriz da agência de atores Emplacar Você, no nosso blog. Vamos descobrir mais sobre sua jornada, suas inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta entrevista, ela compartilha suas experiências e desafios.

Conte um pouco da Landa. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Sou uma mulher madura, olho a vida por alguns viés muito diferentes dos padrões, mas se uma palavra pudesse me definir a palavra seria generosidade. Gosto de ser generosa. Gosto de me sentir útil. Gosto de dividir. A vida pra mim só faz sentido se eu estiver compartilhando alegrias e vivências. Essa característica me faz artista, acredito. Leio menos do que gostaria hoje em dia, mas já fui uma leitora voraz. Escrevo muito, depois da atuação essa sem dúvida é a minha melhor forma de expressão. O canto complementa essa minha constituição artística. Aqui em casa se canta o tempo todo…eu adoro correr! Não pela estética mas pela saúde mental principalmente. Esse hábito organiza minhas ideias e meus sentimentos.

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

Eu faço teatro desde que me entendo por gente (risos) literalmente fiz minha primeira peça aos 3 anos. Eu era a chapeuzinho vermelho e lembro com detalhes dos ensaios, das dicas de direção etc. Esse estímulo marcou minha vida pra sempre e mesmo nos hiatos da carreira ( quando estudei Direito) eu nunca deixei o teatro. Ele esteve presente nos trabalhos da faculdade, na minha abordagem aos juízes com quem trabalhei ….depois em 2001 passei nos testes da Escola de Teatro e Dança da UFPa em Belém, minha terra natal e, finalmente deixei essa dicotomia entre Direito e teatro de lado para assumir minha carreira de forma mais profissional.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

O correr da carreira artística vai ensinar as melhores escolhas, né? Mas me vi decidida a estudar bastante pois entendia que a arte merecia que eu fosse uma atriz informada. Nunca acreditei em talento, eu acredito em dedicação. Talento sem estudo não vale de nada pra mim. Então me tornei uma pessoa mais “desperta ” e sensível para o mundo ao meu redor. E isso sempre foi o meu diferencial nas atuações. Sempre soube que era necessário ter consciência do que eu estava fazendo. 

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Eu me entrego pra essas “personas” eu empresto e misturo o que é da landa e o we pode vir a ser dessa pessoa que eu vou engendrar. Adoro desafios, e acho importante certos desconfortos num processo de Criação então estou disposta a tudo….

Considera importante que o artista se recicle?

Nós artistas somos representações do momento em que vivemos, não tem como fugir. Você pode ter princípios básicos mas não pode se fechar. Uma vez li de um biólogo que não somos humanos e sim que ESTAMOS humanos. Tudo irá evoluir. É inexorável! 

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Uma vez o ator Cacá Carvalho disse que o ator se faz pela bagagem que carrega. Eu me percebo preparada e com um olhar mais apurado para o que acontece ao meu redor e com aprofundamento no autoconhecimento. Sou generosa com a Landa do passado (risos) mas a de hoje talvez tenha emoções diferentes a oferecer. 

Conta pra gente como foi ganhar o prêmio de melhor atriz no “festival de Istambul” com o curta Totem?

Só me lembro de me sentir igual quando minhas filhas nasceram: me senti Bárbara, potente! É um êxtase saber que tocamos vidas com nosso trabalho!

Qual a sensação de participar de musicais, onde une suas habilidade de atuar e cantar?

Depois de atuar, o canto pra mim e o que tenho de mais fino e verdadeiro a oferecer. E como estar mais perto de Deus.

Você criou o projeto chamado “Chico Buarque de Chambre”, como foi essa experiência?

Estávamos já em Paris por um ano onde meu esposo que é maestro e compositor tinha mergulhado profundamente na música instrumental contemporânea. Quando terminou ele dividiu comigo essa vontade de experimentar a música popular Brasileira e evitada por um trio de cordas e piano. E sabendo da minha devoção por Chico ele me propôs que ele fosse a nossa principal fonte de pesquisa. Aceitei na hora e por um ano mergulhamos no universo Buarqueano e então nasceu nosso « Chico Buarque de Chambre (traduzindo Chico Buarque de câmara ou quarto, um trocadilho francês).

Já te acharam parecida com alguma atriz, artista ou celebridade?

Uma vez em 2003 fui confundida com a Alessandra Negrini no aeroporto de Recife. Foi muito engraçado.

Que personagem gostaria de interpretar?

São tantos, mas tenho sonhado com a Heleninha Roitman de  Vale tudo, novela de Gilberto Braga. Personagens que estão no limite me atraem  

Projetos futuros?

Um curta que filmo em Outubro, uma peça que estreia em Outubro…. outra peça prevista pra 2025 que assinei contrato… e escrever. Escrever e estudar muito!

Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

 

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