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Bate-papo com Marcos Magalhães

Nesta entrevista exclusiva, vamos conhecer mais sobre a jornada de Marcos Magalhães da EVC Talentos na arte da atuação, seus desafios e conquistas ao longo do caminho, e como ele se inspira e se prepara para dar vida a personagens. Prepare-se para conhecer a paixão e dedicação de Marcos à arte cênica e descobrir o que o torna um artista tão especial na cena artística atual.

Formado pela renomada Oficina de Atores Salvador, Marcos traz consigo uma paixão inabalável pela atuação, e seu comprometimento com o aperfeiçoamento artístico é evidente em cada performance.

Ao longo de sua trajetória, Marcos Magalhães investiu em sua formação, participando de diversos workshops e cursos voltados para a interpretação em TV e Cinema, buscando aprimorar suas habilidades e conhecimentos para se destacar na indústria audiovisual.

Não perca a oportunidade de se inspirar com a história e o talento de Marcos Magalhães, um brilhante ator que promete continuar encantando e emocionando o público com suas performances memoráveis. 

O que gosta de fazer quando não está atuando?

Eu sou apenas um rapaz latino-americano, como diria Belchior, rsrs, de 35 anos que ama assistir filmes, seriados, ler livros, colar notas no violão, ir à praia, frequentar lugares que me façam sentir paz e aconchego. Amo estar em família. Sou solteiro, sem filhos e disposto a encarar oportunidades em todos os cantos do mundo enquanto ator. 

Como aconteceu o teatro na sua vida ? Como e quando começa sua história com a arte?

Bom, se eu for parar pra pensar o impacto da 7ª arte na minha vida, eu revisito a minha infância. Lá, por volta dos meus 10 anos, já sabia a programação do final de semana, meu pai me dizia: “Marcos, vá lá na locadora e alugue esses 3 filmes – sim, sou da época da videolocadora (rsrs).” E aí no sábado víamos filmes juntos com a minha mãe e no domingo íamos para a praia. E na praia meu pai falava comigo do roteiro, das atuações, do aprendizado do filme, etc. Então, eu sou cinéfilo. Mas, mesmo amando o cinema, eu achava que isso era algo distante para mim e com isso fui seguindo aquela velha opinião formada sobre tudo, como diria meu conterrâneo Raul Seixas, e me formei em algo visando o trabalho comum, ou seja, o que muitos costumam seguir. Porém, em 2018, mesmo ano em que fiquei desempregado por mais tempo e ano em que meus pais se divorciaram, algo me falou: “Vá fazer teatro! Você precisa, se não, irá adoecer!”. Teatro não é terapia, mas, é terapêutico e assim eu comecei em uma escola de Salvador e tive a oportunidade de conhecer meus primeiros amigos do teatro e as minhas primeiras professoras: Josi Varjão e Aline Nepomuceno, duas grandes atrizes. 

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Na minha vida mudou principalmente o meu olhar sobre o mundo. Eu já tinha sensibilidade sobre muitas perspectivas e o teatro me fez intensificar isso, a forma de olhar o outro, de criar empatia e buscar entender melhor as pessoas e seus dilemas. No que diz respeito à rotina, aos sábados eu tinha aula pela manhã mas pedia para ficar o dia todo, por ter aulas à tarde e à noite e com isso eu ficava imerso naquele mundo de criações, trocas de experiências, humanização e muito aprendizado. Não precisei abrir mão de muita coisa, entretanto, precisei me dedicar muito para aprender. Fiz muitos cursos e li muitos livros para absorver aquilo que eu sentia me faltar enquanto ator.

 Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Meu processo criativo é algo muito particular, um universo que preciso mergulhar para conhecer o personagem. Mas tudo, claro, começa no roteiro.

Considera importante que o artista se recicle?  

Sim, sem dúvida. E justamente por estarmos sempre evoluindo, enfrentando novas realidades, é que precisamos estar atentos ao mundo à nossa volta e buscar aprender o que nos faça um ser humano melhor e, por consequência, um melhor artista. 

 Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Edificante. O fato de estar me dedicando a aprender sobre essa arte me sinto ainda mais sensível e humano. E isso me faz muito bem.

Como foi o desafio de participar dos curta-metragem “A queda” e ” Terra Infértil”?

Os personagens mostram lados nossos que às vezes não percebemos mas que existem quando vivemos sob aquelas circunstâncias. No filme A Queda, meu personagem Ricardo é um homem que pensa que nada o atinge pelo status profissional que possui. E em razão disso, ele se sente no direito de tirar proveito da fragilidade das mulheres que ele se depara. Terra Infértil me fez perceber um personagem passivo que aceita a realidade que tem por mera conveniência, inclusive, sustentando um casamento infeliz, ele se anula, é um personagem acomodado e que os problemas não o atingem. E esses desafios mexem com nossos instintos, sentimentos e nos faz sempre refletir.

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

Eu amo o teatro pela adrenalina de estar perto do público, causa uma sensação de dever cumprido estar num palco vivendo histórias e lidando com os imprevistos. Teatro é isso, é vivo! Mas a minha paixão é o audiovisual, o set me fascina, o fato de construir um produto que poderá ser visto por várias pessoas, em qualquer lugar do mundo. Um produto atemporal, que se torne exemplo ou legado… isso me deixa fascinado!

Já te acharam parecida com algum ator, artista ou celebridade?

Sim, quando criança, com o cabelo grande, me achavam parecido com Antonio Banderas… Rsrs. Mas de lá pra cá, já me acharam parecido com o ator Marcos Palmeira, o Al Pacino (quando jovem, vivendo Michael Corleone), Andy Garcia. E em aula, já me comparam até com Wagner Moura pela intensidade, forma de atuar. E me sinto lisonjeado por admirar todos!

Que personagem gostaria de interpretar?

Por ser nordestino gostaria muito de dar vida às pessoas da minha região, me inspiro muito em Wagner Moura, Lázaro Ramos, artistas que trouxeram a atenção para a Bahia, com peças como A Máquina de João Falcão. Gostaria de dar vidas também a outras culturas, por exemplo, indígenas. Da mesma forma que sinto vontade também de conhecer outras culturas mundo afora e viver personagens que precisam ser ouvidos. Gosto de ouvir e de viver histórias.

Projetos futuros?

Sim, mas por enquanto não posso falar detalhes. Mas tenho projetos no teatro e no audiovisual.

 Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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