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Bate-papo com Paulo Ribeiro

Nosso convidado é um talentoso ator, roteirista e produtor, reconhecido pelo seu trabalho excepcional na indústria audiovisual. Estamos falando de Paulo Ribeiro, que faz parte do Casting da EVC Talentos.

Paulo Ribeiro tem recebido diversos prêmios ao longo de sua carreira, destacando-se o título de Melhor Ator no Global Festival Film Awards, em Los Angeles, no ano de 2022. Além disso, foi premiado como Melhor Ator de Curta-metragem no Cine Paris Film Festival e foi finalista na categoria de Melhor Ator no Oniros Film Awards e no New York International Film Awards, ambos realizados em Nova York.

Com uma trajetória impressionante, Paulo Ribeiro acumula experiências em diversos trabalhos audiovisuais. Entre seus recentes projetos, podemos mencionar “Parusia”, que está em fase de finalização, “Rota 66” (2022), “Abraço de Mãe” (em produção), “Letícia” (2022), “Spirit of Shaolin” (2016), “Como Tudo Nessa Vida” (2022) e “Brasilha” (2019).

No teatro, Paulo Ribeiro também possui um currículo sólido, com atuações memoráveis. Destacam-se suas performances nas peças “Tamã Dú a San”, escrita por Hamilton Vaz Pereira, e “A Bela e a Fera”, dirigida por Silvio Lengruber. Além disso, fez parte do Grupo de Teatro Não Se Fala Com Os Muros, sob a direção de Antônio Abujamra, nos anos de 2002 e 2003. Vale ressaltar que Paulo também possui experiência como diretor de teatro de rua, tendo atuado por mais de cinco anos no Rio de Janeiro e em Brasília. Atualmente, ele é coordenador do coletivo de audiovisual Janela 55.

Com uma carreira repleta de conquistas e um talento inegável, estamos ansiosos para conhecer mais sobre a jornada e os projetos futuros desse grande artista. É uma honra tê-lo aqui conosco, Paulo Ribeiro! Acompanhe a entrevista completa abaixo e mergulhe no universo desse talentoso profissional.

Conte um pouco do que gosta de fazer quando não está atuando?

Tenho uma produtora, Janela 55, que começou como um grupo de profissionais de cinema que se eu coordenei para produzir curtas com diversos diretores conhecidos do cenário de Brasília. Produzimos 8 curtas, inscrevemos em festivais e ganhamos vários prêmios. Foi uma oportunidade de atuar também, com vários colegas atores. Hoje estamos numa iniciativa parecida, ainda embrionária, no Rio. Fora isso, gosto de ler, assistir filmes e séries, ir ao teatro. Tô indo pouco ao teatro, gostaria de ir mais. Leio biografias e temas específicos do momento. Hoje estou lendo sobre nazismo, para um roteiro em que estou trabalhando. Gosto de escrever roteiros. Já escrevi 3 curtas, 1 longa e um piloto de série. Gosto muito de ler comic books, leio sempre e inglês, pra praticar. Gosto de quadrinhos adultos, incluindo da DC, Marvel, Vertigo, Pantheon, Drawn and Quarterly, History, First Second, Image, etc. Tenho duas filhas lindas, por quem sou apaixonado. Gosto de gastar tempo com elas, assistimos séries juntos. 

Como aconteceu o teatro na sua vida ? Como e quando começa sua história com a arte?

Começou com um filme, quando eu ainda era criança. Fiz um teste por acaso e acabei passando. Aí gostei e pensei que era isso que eu queria fazer da vida. Aí segui fazendo teatro, fiz outros filmes, estudei. Fiz Martins Pena, fiz cursos livres. Viajei, fiz cursos em Los Angeles, participei de um filme lá, onde eu era um bandido lutador de artes marciais. Eu sou faixa preta de karatê e kickboxing. Era fã de Bruce Lee.

 O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

Gente, é uma luta, né? Ir contra a corrente. Os apelos do mundo para a gente se adequar, escolher uma coisa mais “certa”. Mais tradicional. É seguir matando seus leões. Mas não tem outro caminho pra ser feliz né? Mais difícil do que isso é viver frustrado.

 Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Excitante. Adoro viajar em cada universo particular, me sentir vivendo situações. Estudar e aprender sobre essas realidades de cada personagem. A gente vivencia coisas que, de outro modo, não vivenciaríamos. Nem se fossemos antropólogos, psicólogos, etc. Porque como ator, nós vestimos aquela realidade, nós sentimos ela. 

 Com tantos anos de carreira e trabalhos especiais, considera importante que o artista se recicle? 

 Sempre, o tempo todo, somos work in progress. Leio sobre atuação, estudo métodos diferentes, treino sozinho em casa. Não podemos parar. Quem me vê hoje, tem que ver outro Paulo Ribeiro daqui a 1 ano. Quero que o diretor de elenco que me vir daqui a um ano, me desconheça. “Pô, o cara não era assim há seis meses atrás” rsrs. Quero alcançar a excelência e sei que sempre vou poder melhorar um pouco a cada tempo.

 Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Grande. Estou mais consistente, tenho mais substância. Meu olhar é mais verdadeiro e me conecto mais com o ator à minha frente. 

Como foi o desafio que recentemente lhe rendeu o prêmio de melhor ator no festival em Los Angeles, Paris, Índia?

Esse foi o resultado de um curta que eu produzi por meio da Janela 55, nosso grupo. Perguntei pra uma amiga, a Flávia Orlando, se ela por acaso tinha um roteiro de curta disponível. ela tinha dois. Escolhemos o curta Como Tudo Nessa Vida, que ela generosamente cedeu e ela mesma dirigiu. Foi um processo suave, gostoso de fazer, como ator. A equipe estava bem integrada, o resultado não poderia ser outro. Mas eu confesso que eu não esperava receber tantos prêmios. Foram sete prêmios, 4 de vencedor, uma menção honrosa e 2 finalistas. Mas sempre pé no chão, somos apenas operários da arte, nada demais. Mas o prêmio dá uma enorme satisfação e me incentiva a continuar, a estudar mais, a persistir.

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades? 

Hoje estou curtindo mais série e filmes. Amanhã pode ser que eu curta mais teatro, que eu adoro também, tenho feito pouco, quero fazer mais. Amo atuar, em qualquer meio.

Já te acharam parecida com algum ator, artista ou celebridade?

Ângelo Antônio, mas eu sou mais bonito que ele rsrs 

Que personagem gostaria de interpretar?

Mikael, de Arcanjo Renegado; Capitão Nascimento, de Tropa de Elite; Caco Barcellos ou Ramiro, de Rota 66; Evandro, de Sob Pressão; Frank, de Punisher; Prince Daemon, de House of Dragon; Neil McCauley, de Heat; pai de Dom, em Dom; Rick, de Walking Dead; o papel de Benicio Del Toro em Sicario; Tommy, em Peaky Blinders; Harvey, em Suits; Walt, em Breaking Bad; Ragnar Lothbrok em Vikings; Michael Corleone em Poderoso Chefão; Berlin, em La Casa de Papel; e muitos outros.

 Projetos futuros?

Estou envolvido na produção de um longa metragem, que esperamos filmar esse ano. Passei num teste para uma pequena participação em um longa e estou planejando fazer mais um curta no primeiro semestre deste ano. 

 Equipe de Conteúdo Emplacar Você Produções

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