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Bate-papo com Tatá Oliveira

É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com o ator Tatá Oliveira, um talentoso artista da agência Emplacar Você, em nosso blog. Vamos conhecer mais sobre sua trajetória, inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta conversa, Tatá compartilha suas experiências, desafios e sonhos que seguem impulsionando sua carreira.

Conte um pouco do Tatá. O que gosta de fazer quando não está atuando?

Quando não estou trabalhando, sou pai em tempo integral. Divido as importantes tarefas da casa com a minha companheira, Débora, e esse trabalho doméstico, com a rotina dos meninos – temos o Inácio, de 14, e o Raul, de 8 anos – fica difícil arrumar tempo pra muitas coisas, mas a gente sempre dá um jeito de sair, assistir a uma peça, um cinema…

Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?

De maneira bem curiosa, pois eu, até os 18 anos de idade, nunca quis ser ator – na real, não sabia direito o que queria fazer. Um amigo meu me contou que estava fazendo um curso de teatro e falou o quanto estava fascinado pelas aulas. Ele me chamou, e eu fui fazer o curso. Me encantei, me encontrei naquele espaço, naquele lugar de criatividade e emoções. Depois, ao final do curso, apresentamos uma peça e, a partir dali, soube que seria aquilo que eu faria a minha vida toda. Meu ofício, que tanto me orgulho.
Desses tempos pra cá, lá se vão mais de vinte anos de formação e vivência nas mais diversas linguagens artísticas.

O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?

É um caminho bem difícil, mas sempre tive apoio da minha família quando decidi que aquilo seria o meu sustento, minha estrada. Hoje em dia, também sou professor de teatro, além de ator. Também escrevo e me provoco a dirigir. Mas, claro, a gente sempre tem que abrir mão de muita coisa – principalmente do convívio com a família, que, por vezes, não está presente por conta dos trabalhos.

Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?

Eu sou apaixonado por começos de processos de trabalho. Sou apaixonado por processos de criação, de uma maneira geral, e começar um trabalho, construir uma linguagem, um personagem, é um caminho, pra mim, muito divertido e instigante. Recentemente, no audiovisual, tive a oportunidade de criar/construir um personagem incrivelmente humano e complexo: o Vicente, no filme Rita – Longe do Chão, dirigido pelo Bernardo Tavares, com previsão de lançamento pra este ano. A troca com o elenco do filme, com o diretor e a equipe – tudo isso foi delicioso de criar.

Considera importante que o artista se recicle?

Sim! Sempre. Principalmente na linguagem audiovisual, que é tão dinâmica e específica.

Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?

Sinto que hoje sou um ator mais seguro do que fazer. Não que eu não sinta nervosismo, não é isso – sinto, fico ansioso, nervoso e tal –, mas hoje consigo entender que esse nervosismo também faz parte do processo. Sinto que hoje tenho mais conhecimento e ferramentas pra trabalhar bem o nervosismo e os desafios que possam vir.

Como foi participar das séries da TV Record?

Foi incrível! Participei pontualmente em Jesus, mas numa cena muito bonita e marcante. Fiz o cego que recebe o milagre de Jesus e volta a enxergar.
Em Gênesis, tive uma participação com um personagem que ficou uma semana no ar. Foi bem interessante, pois foram cenas de ação, suspense, desespero e tristeza. Ali pude trocar com o protagonista da história, Jacó, interpretado pelo querido Miguel Coelho. Durante os três meses em que gravamos essas sequências, ficamos bem próximos.

Depois fiz uma participação também muito legal em Reis, em que contracenava com o Edson Fieschi, outro colega querido, generoso e cortês. Eu sou apaixonado por um set harmônico e profissional, e nesse sentido as produções da Record sempre foram impecáveis. Em todas as vezes que gravei lá, me senti em casa. Tô com saudade do set, quero voltar!

Qual foi a sensação de ser premiado pelo espetáculo Azul, que ganhou o prêmio da APCA/SP e de melhor espetáculo pela APTR/RJ?

Maravilhoso! Embora esteja cada vez mais no universo audiovisual, eu sou cria do teatro. Faço parte da Artesanal Cia. de Teatro, companhia que este ano completa 30 anos de trabalhos e que, desde 2023, tem rodado o Brasil com esse trabalho, Azul. É muito gratificante pra gente e motivo de muito orgulho ganhar dois prêmios dessa relevância em São Paulo e no Rio de Janeiro. Azul é um trabalho que queremos que todos assistam… Fazemos essa peça com muitíssimo amor.

Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? De que forma enxerga essas três práticas na sua vida e como concilia tantas atividades?

Cada linguagem, cada veículo, tem suas dores e delícias. Eu amo o teatro, foi onde me criei e atuo, mas, de uns tempos pra cá, tenho me dedicado cada vez mais ao mundo audiovisual. Como eu disse, eu amo estar no set, trabalhar no detalhe, na sutileza. Estou cada vez mais propenso ao audiovisual, mas sem esquecer a base, que é e sempre será o teatro.

Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?

Há um tempo atrás, falavam que eu lembro ou lembrava o Marcelo Faria. Mas eu não concordo. [risos]

Que personagem gostaria de interpretar?

Muitos. Não sei dizer qual. Me interesso por personagens complexos, que ajudam a contar aquela história. Lembrei agora de um que eu adoraria fazer: Tyler Durden, do filme O Clube da Luta.

Projetos futuros?

Como eu disse, o curta em que fiz o Vicente está sendo preparado pra estreia este ano. Eu estou mega curioso, pois ainda não vi nenhum corte, só consegui ver algumas imagens quando fui dublar algumas cenas. Pelo pouco que vi, acho que esse filme vai ser bem maneiro. Tô ansioso pra ver.

Com a Artesanal, estamos preparando o novo trabalho da companhia, que este ano faz 30 anos. Ainda estamos no início do processo, mas certamente já já estará pintando trabalho novo com a Artesanal.

 

Equipe de Conteúdo Emplacar Você 

 

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