É com grande prazer que apresentamos uma entrevista exclusiva com o ator Thom Santos, um talentoso artista da agência Emplacar Você, em nosso blog. Vamos conhecer mais sobre sua trajetória, inspirações e o que o motiva a continuar brilhando nos palcos e nas telas. Nesta conversa, Thom compartilha suas experiências, desafios e sonhos que seguem impulsionando sua carreira.
Conte um pouco de você. O que gosta de fazer quando não está atuando?
Eu sou tranquilo, amo a natureza e procuro estar em contato com ela sempre que possível. Faço exercícios físicos, que considero muito importantes. Gosto de visitar museus e exposições aqui em São Paulo. Também sou consultor de viagens, então tudo que envolve cultura, gastronomia e história me atrai bastante. Adoro escrever, seja poesia, roteiros de vídeos, curtas ou peças — já escrevi algumas. De alguma forma, a arte está sempre presente no meu dia a dia. Também canto e toco um pouco de violão; não sou profissional, mas sou afinado, e isso me faz bem. Sou pai de uma princesa que é minha paixão e que me acompanha nos rolês culturais. Ah, e sou um tanto “filósofo”: gosto de refletir sobre a vida e as circunstâncias. Amo estudar autoconhecimento, inclusive a peça que escrevi aborda esse tema.
Como aconteceu o teatro na sua vida? Como e quando começa sua história com a arte?
Eu fui uma criança muito tímida, e a arte surgiu quase como uma cura para isso. Eu tinha uns 8 anos quando estava com minha avó assistindo à novela A Viagem (1994). Fiquei vidrado na história e quis estar ali, fazendo arte, vivendo outras vidas que me permitissem ser quem eu quisesse.
Minha infância foi conturbada em casa, e esse sonho nasceu do desejo de criar e imaginar novos mundos. Quando terminei a escola, quis cursar Artes Cênicas, mas não tive apoio da família, então segui outro caminho e me formei em Turismo. Porém, aos 23 anos, senti um chamado para correr atrás do meu verdadeiro sonho. No dia seguinte procurei escolas e me matriculei no Teatro Escola Macunaíma.
Quando pisei pela primeira vez no palco, tive a certeza de que aquele era meu lugar. Estudei e atuei em peças lá, depois participei de uma companhia, incluindo a peça O Terceiro Travesseiro, que foi uma produção maravilhosa e um grande aprendizado. Fiz cursos livres voltados para câmera, workshops e também estudei na Escola de Atores Wolf Maya.
O que mudou na sua vida e rotina quando decidiu viver deste universo? Precisou abrir mão ou interromper alguma coisa?
Nunca tive apoio da família, então sempre foi uma luta individual. Durante os estudos, acabei parando por um tempo quando me tornei pai, pelas incertezas e dificuldades da área. Mas logo voltei e conquistei meu DRT em 2017. Hoje concilio com meu trabalho em Turismo, até que minha carreira artística decole de vez.
Na arte sempre existem renúncias, mas os ganhos — especialmente como ser humano — são muito maiores. Ser artista independente é motivo de orgulho, persistência e resiliência.
Cada papel é um recomeço. Um novo preparo, um novo estudo, um mergulho em uma nova identidade. Como é para você viver esse processo e como encara cada novo projeto?
Eu amo o processo criativo desde o início. Trabalho com gênese, estudando os subtextos da personagem: o que há de mim que posso emprestar e o que preciso criar a partir da imaginação. Essa é a parte mais mágica, quando damos vida a uma nova identidade a partir de palavras.
Faço meu planejamento de estudo, aplico, testo e repito até que esse “boneco” realmente ganhe vida e personalidade.
Você considera importante que o artista se recicle?
Sempre! Acredito que estar em contato com a vida seja a maior forma de reciclagem. Observar as pessoas, como agem, é tão essencial quanto cursos — que também são fundamentais. Para mim, reciclar-se é absorver tudo ao redor e transformar isso em combustível para criar com autenticidade.
Do seu primeiro trabalho para cá, como enxerga a sua evolução?
Estou em constante evolução. Fazer, repetir, treinar… isso é evoluir artisticamente. Sempre considero meu último trabalho o melhor, pois carrega toda a experiência percorrida até ali.
Consegue escolher o que mais gosta de fazer entre teatro, cinema e TV? Como enxerga essas três práticas na sua vida?
Sou formado em teatro e minha vivência profissional é praticamente toda no palco, que é um lugar que amo. Porém, meu sonho sempre foi atuar para a câmera. Ainda não tive essa oportunidade, mas quero muito realizar.
Fale dos seus últimos trabalhos.
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Publicidade: Mercado Extra (2024), Tintas Suvinil (2023)
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Teatro: Velórios (2024), Súbito Após a Queda (2024), O Terceiro Travesseiro (2022)
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Dramatização: Reportagem especial do Fantástico sobre o caso do DJ Ivis
Já te acharam parecido com algum ator, artista ou celebridade?
Sempre me perguntam se sou descendente de árabes ou turcos.
Que personagem gostaria de interpretar?
Gosto muito de interpretar vilões, mas também gostaria de viver papéis como pai de família, empresário ou médico. Quero fazer personagens marcantes. Ao mesmo tempo, acredito que todo papel tem sua importância dentro da trama — e quero trazer minha identidade artística a cada um deles.
Quais são seus projetos futuros?
Estou em busca. Tenho certeza de que, em parceria com vocês e trabalhando em conjunto, muitos virão.
Equipe de Conteúdo Emplacar Você
